"VOCÊS NÃO TÊM FÉ?" Lucas 8.22-25
A voz poderosa de Jesus acalma as tempestades da vida, e elas o obedecem.
λαιλαψ lailaps
de derivação incerta; n f
1) furacão, vento tempestuoso
2) ataque violento de vento, rajada de vento (com chuva ou neve)
2a) não uma simples rajada de vento nem uma brisa constante, mesmo que forte, mas uma tempestade com nuvens escuras que trazem trovoadas em vento furioso, com chuva em abundância, e lançando tudo em desordem
ανεμος, por outro lado, é mais forte que πνευμα; é o vento forte, freqüentemente tempestuoso
λαιλαψ é o vento intermitente, mas violento, que acompanha um chuva pesada.
O NT também segue a LXX 2. ao considerar a reprovação essencialmente uma prerrogativa do senhorio divino. Apenas Deus tem o poder de reprovar o Diabo (Jd 9). Jesus tem o pleno direito de reprovar (Mc 8.33; Lc 9.55; 19.39–40). Em Mc 8.30 epitimán é usado para mostrar quão severa é a sua advertência aos discípulos para que não revelem a sua messianidade naquele momento. O mesmo termo é usado para o seu senhorio quando ele ordena aos demônios que se calem em Mc 3.12. Ele demonstra um poder semelhante quando repreende e expele o espírito imundo em Mc 9.25, quando ele repreende a febre da sogra de Pedro em Lc 4.39 e quando ele reprova até mesmo as forças da natureza em Mc 4.39. Seu poder divino incondicional e sua prerrogativa são clara e fortemente mostradas por meio de epitimán.
γαληνη galene
de derivação incerta; n f
1) bonança, tranqüilidade (do mar), calmaria
φοβεω phobeo
de 5401; TDNT - 9:189,1272; v
1) pôr em fuga pelo terror (espantar)
1a) pôr em fuga, fugir
1b) amedrontar, ficar com medo
1b1) ser surpreendido pelo medo, estar dominado pelo espanto
1b1a) do aterrorizados por sinais ou acontecimentos estranhos
1b1b) daqueles cheios de espanto
1b2) amedrontar, ficar com medo de alguém
1b3) ter medo (i.e., hesitar) de fazer algo (por medo de dano)
1c) reverenciar, venerar, tratar com deferência ou obediência reverencial
John Wesley, o fundador do metodismo, testemunhou que sua experiência de conversão se deu quando ele já era um clérigo ordenado. Estava em uma reunião na Rua Aldersgate, em Londres, ouvindo um sermão baseado no livro de Romanos. E, enquanto ouvia as palavras da Escritura – palavras que ouvira muitas vezes antes –, de repente ele sentiu seu coração “estranhamente aquecido”. Ele considerou esse evento como a sua conversão a Cristo.
De modo semelhante, Agostinho, enquanto levava uma vida de licenciosidade desenfreada, ouviu uma criança brincando no jardim com o refrão “Tolle lege, tolle lege”, ou seja, “Pega e lê”. Agostinho ergueu os olhos e viu um manuscrito do texto de Romanos. Quando o abriu, seus olhos caíram no texto de Romanos 13.13–14: “Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências”. A Palavra de Deus penetrou repentinamente em seu coração, e ele respondeu ao evangelho.
Em minha própria experiência de conversão, um jovem citou para mim um versículo do livro de Eclesiastes: “Estando as nuvens cheias, derramam aguaceiro sobre a terra; caindo a árvore para o sul ou para o norte, no lugar em que cair, aí ficará” (11.3). Sou talvez a única pessoa na História que foi convertida pela instrumentalidade deste versículo específico, mas a imagem de uma árvore morta no chão de uma floresta – inerte, apodrecendo, não mais produzindo fruto, sem valor – deu-me um quadro de minha vida. Vi a mim mesmo como uma árvore podre, e Deus usou esse versículo para vivificar-me para a fé salvadora.
Todas estas experiências de conversão, embora diferentes, têm uma coisa em comum – o papel da Palavra de Deus. Muitos milhares, talvez milhões, de crentes também podem testemunhar como o Espírito Santo agiu em suas vidas por meio do poder penetrante e eficaz da Palavra. As Escrituras são a chave no processo pelo qual o Espírito dá – e fortalece – a fé dos cristãos.